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14 setembro 2009

Produção Cinematográfica (livro)

lançamento do livro:

A PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA
Seu Processo de Execução
(Renata Palheiros)


Uma sugestão de leitura pra quem quer começar a produzir filmes ou meramente compreender o trabalhoso processo de produção cinematográfica.
link:

01 junho 2009

Nouvelle Vague


Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cinema francês manteve-se com alguma força comercial, mas foi, naturalmente, um período pouco criativo. Por causa da guerra e da ocupação nazista, uma boa parte dos grandes realizadores saíram da França, como foi o caso de Jean Renoir e René Clair.

A tendência realista, até ali dominante, foi enfraquecida. O protesto e a revolta contra invasão alemã eram sufocados pelos invasores. Até o final da década de 50, persiste o cinema tradicional e acadêmico. Em 1957, um grupo de jovens provenientes da crítica (alguns desses novos diretores pertenciam ou estavam ligados ao círculo de críticos da revista Cahiers de Cinéma) reage contra o academicismo do cinema francês e inicia o movimento da Nouvelle Vague, renovando a linguagem cinematográfica.

Era um cinema de autor, de produção livre, criticavam as produções comerciais francesas e realizam obras de baixo custo, rejeitavam o cinema de estúdio e regras narrativas.

Diferentemente do neo-realismo italiano, a nouvelle vague voltou-se menos para a situação social e política do país e se interessou mais pelas questões existenciais de seus personagens, como por exemplo Acossado (À bout de souffle), de 1969, de Jean-Luc Godard. A nouvelle vague descobriu novos temas, novas técnicas e novas estrelas, como Brigitte Bardot.

22 maio 2009

Sempre no Meu Coração (filme)


SEMPRE NO MEU CORAÇÃO



Ano: 1942
Título original: Always in My Heart

Duração: 91min
Gênero: Musical
Cor: P&B

Diretor: Jo Graham
Elenco: Walter Huston, Gloria Warren, Kay Francis, 

Anthony Caruso, Sidney Blackmer, Una Oconnor



"Sempre no Meu Coração" é um filme de produção barata, foi quase integralmente filmado em estúdio, mas recodista de público, ficou em cartaz cerca de dois anos consecutivos no Cinema Captólio, da Cinelândia (RJ) e por isso na época ganhou o apelido  de "Sempre no Captólio".

Seu roteiro, que foi baseado na peça “Fly Away Home” de Dorothy Bennett e Irving White, é sobre um homem que foi preso injustamente e, que após cumprir pena, tenta se reconciliar com a família.

A música "Always in My Heart” (Siempre En Mi Corazon) - composta pelo cubano Ernesto Lecuona e letrada pelo americano Kim Gannon – deu ao filme a indicação ao Oscar de melhor Canção de 1943, perdendo para a música "White Christmas" de Irving Berlin, que concorria pelo filme “Duas Semanas de Prazer”.

No Brasil a versão da música, feita por Mário Mendes, também fez muito sucesso, sendo gravada por diversos cantores, como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos José, Antônio Marcos e Joana.
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19 maio 2009

Filmes de Faroeste (anúncio de troca)

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anúncio de troca:

FILMES DE FAROESTE

Hélio Cruz

Mensagem:
"Sou colecionador de filmes de faroeste,
com quase 2.500 títulos para troca.
Caso tenha interesse,
meu
e-mail é: cruzhr@terra.com.br"
(Hélio)


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ATENÇÃO: Divulgamos gratuitamente anúncios de troca-compra-venda de filmes antigos. Não cobramos comissões, nem fazemos mediações entre as trocas-compras-vendas que possam surgir dos anúncios divulgados. As trocas-compras-vendas são realizadas entre as partes interessadas. O site e o blog não são responsáveis pela realização da troca-compra-venda, nem pela qualidade do objeto a ser trocado-compra-vendido.

17 maio 2009

Rolos de Filmes etc (anúncio de busca)

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anúncio de busca:
Luciano José Rigonato

Tel: (14) 3762-1336
Cel: (14) 9698-3309

Busca: doação de rolos de filmes e materiais

Mensagem:
"Estou montando um cinema comunitário para as crianças carentes de minha cidade (Taquarituba - SP), ainda estou sozinho na minha idéia, mas já consegui um projetor de filmes 16mm, só que me faltam os filmes. Peço que vocês me ajudem em alguma coisa, o meu cinema não tem fins lucrativos, e sim levar o conhecimento para as crianças.

Eu preciso de rolos de filmes super8, 8mm,16mm, 35mm, e também doação de materiais como cartazes; equipamentos como projetores, câmeras, moviolas, carretéis, etc. Qualquer ajuda será muito bem vinda.


Essa é a foto do meu projetor de filmes 16mm, que estou restaurando com muito carinho.
Grande abraço a todos que puderem me ajudar."
(Luciano J. Rigonato)

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08 maio 2009

O Espaço fora da Tela

Espaço fora da tela é o espaço que não se vê, mas que fica subentendido que exista através do enquadramento, da interpretação ou dos diálogos. Divide-se em 6 segmentos: os 4 cantos da tela, o que fica atrás da câmera e o que se encontra atrás do cenário.

É importante na história da linguagem cinematográfica, pois deu início a utilização sistemática e estrutural do espaço em off, colocando-o em igual importância em relação ao espaço-da-tela.

Um simples quadro vazio causa tensão, suspense, além de despertar a curiosidade de quem está assistindo. O espaço em off é usado em vários gêneros, como mistério e terror, por exemplo: quando a mocinha está fugindo do monstro e a câmera só mostra o rosto aterrorizado da perseguida (às vezes, por questões de economia na produção), parecendo que o monstro está atrás da câmera.

Em “Encurralado” (Duel), de Steven Spielberg, de 1971, o espaço em off é constantemente usado, porque o caminhoneiro que persegue o outro não aparece durante o filme, somente sua mão, seu caminhão. E a isso se deve o sucesso do filme, pois se não fosse gerado um suspense ao redor da figura do caminhoneiro, o filme perderia o suspense e não conseguiria prender a atenção do espectador até o final.

Em “Sangue Mineiro”, de Humberto Mauro - é importante levar em consideração o ano do filme: 1927 - o beijo de um casal é filmado com a maior parte do corpo de ambos fora do quadro, câmera focaliza dos pés até o joelho dos personagens. Os dois pares de pés ficam um de frente para o outro, passados alguns segundos a mulher flexiona o joelho levemente, dando a entender a ocorrência de um beijo.

Na comédia “Corra que a Polícia vem Aí” (parte I ou II), o espaço em off é usado como uma espécie de piada, definido pelo “olhar”, além dos tiros, em off. O policial, vivido por Leslie Nielsien, durante um tiroteio, é focalizado de perfil, atirando e se protegendo de tiros, atrás de um latão de lixo, parecendo estar atirando em um alvo distante. Porém quando a câmera abre a imagem e dá uma panorâmica, vemos que o outro atirador está apenas a alguns passos de distância dele.
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04 maio 2009

Posters de Filmes e Seriados (lista)

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lista de sites de:
POSTERS DE FILMES E SERIADOS

Atendendo a pedidos, listo aqui alguns sites de posters de filmes, seriados e atores. A maioria dos sites está em inglês e, por conseguinte a busca deve ser feita em inglês ou pelo título original do filme.
Inglês:

Movie Goods
http://www.moviegoods.com/

Brian’s drive in Theater
www.briansdriveintheater.com/index.html

Movie Posters
http://www.movie-poster-posters.com/

Memorabilia Mine
http://www.memomine.com/

Classic Movie Kids (atores mirins)
http://www.classicmoviekids.com/

Tarzan
http://members.shaw.ca/tarz01/momtarz.html

Filmes de Tyrone Power
http://tyforum.bravepages.com/adv-2.html

Kino Art
http://www.kinoart.net/

Monstros
http://gammillustrations.bizland.com/

Filmes
http://www.dominiquebesson.com/

Faroestes B e Seriados
http://www.b-westerns.com/

Movie Poster
http://www.movieposter.com/

Film Posters
http://www.filmposters.com/

Oldies
http://www.oldies.com/

E Movie Poster
http://www.emovieposter.com/

All Posters (link posters de filmes)
www.allposters.com/-st/Movie-Posters_c101_.htm


Suiço:

Movie Art
http://movieart.jetshop.se/

Italiano:

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01 maio 2009

GARRINCHA, Alegria do Povo (filme)

Ano: 1963
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produção: Luiz Carlos Barreto e Armando Nogueira
Roteiro: L.C. Barreto, Armando Nogueira e Joaquim Pedro
Fotografia: Mário Carneiro
Narração: Heron Domingues

As filmagens e um processo trabalhoso de montagem foram feitos em 1962. O Brasil era perfeito: em 1962 o Brasil foi bicampeão mundial de futebol; O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte foi palma de ouro em Cannes; Tom Jobim gravara com Frank Sinatra em Nova Iorque, a Bossa Nova era um sucesso mundial; cultural e economicamente eufórico, o Brasil era o país do futuro. Ninguém poderia prever um golpe em 1964.

Logo nos primeiros minutos do filme já é possível perceber que este, provavelmente não poderia ter sido feito por um jornalista, pois a preocupação com a imagem, a maneira falar/contar com imagens era clássica de um cineasta.

O documentário é iniciado com uma montagem rápida de fotos, música e som de máquina de escrever. Depois a música pára, os jogadores aparecem se preparando no vestiário, intercalados com imagens da torcida na arquibancada do Maracanã. Não há narração, que seria uma opção fácil, óbvia. Nesse caso a ausência de som, também é importante, pois te faz pensar no que vai acontecer adiante e se perguntar por que aquelas pessoas estão ali.

A cena continua sem narração e é mostrada uma panorâmica, em leve plongeé, de pessoas na geral, todas com guarda-chuvas, sob chuva. Ouve-se o som ambiente de vozes no estádio, os jogadores começam a entrar em campo. Do jeito que as imagens foram montadas, tornou a narração dispensável, pois nos fez ver claramente que, se aquelas pessoas estão ali, mesmo debaixo de chuva, para ver um jogo de futebol, é porque são apaixonadas pelo esporte e que aquele é um grande jogo pra elas.

Durante treino de Garrincha e dos outros jogadores do Botafogo, no Estádio Caio Martins, a narração diz que o treino é cansativo, que os jogadores só têm folga uma vez por semana, no domingo. E em seguida é mostrado um clipe de cenas curtas dos jogadores se exercitando, ao som de música clássica, que me lembrou o filme “Metrópolis”(1927), de Fritz Lang, pois dava a sensação dos jogadores estavam sendo, metaforicamente, comparados à máquinas, como se eles estivessem sendo mecanizados, entrando num esquema industrial.

O som é mesmo um ponto alto de “Garrincha”. As músicas escolhidas, na sua maioria sambas e marchas sobre futebol casam muito bem com as imagens. O cuidado de Joaquim Pedro pelo som é notório. Em determinado momento vê-se a imagem da torcida nervosa, olhos arregalados, rostos ansiosos, nesse exato momento escuta-se o som de um coração batendo/pulsando. Em suma, o som teve função dramática.

O roteiro é parecido com um roteiro de ficção, na medida que não obedecia uma narração cronologicamente rigorosa de documentário, evoluía para um clímax. É dividido em blocos narrativos, separados mas bem costurados/montados: o vestiário > os jogadores > a torcida ansiosa > o jogo > a tensão da torcida > o(s) gol(s) > a comemoração.

O humor de Joaquim também se fez presente em vários momentos, aliado mais uma vez à preocupação com a imagem. Por exemplo, quando são mostrados alguns trechos de jogos da seleção jogando no exterior - cenas únicas de arquivo da televisão, que, portanto, não poderiam ser refilmadas por serem cenas, fatos reais – a narração diz coisas do tipo: “como você pode ver nessa péssima imagem” e “o cinegrafista ficou tão aborrecido com o juiz que até perdeu o foco”.

Se, hoje, a corrupção no futebol estampa as manchetes de jornal, ao assistir “Garrincha” percebemos que o esquema de enriquecimento ilícito e interesses políticos que existem atrás do futebol, definitivamente não são fatos recentes.

É importante ressaltar que Joaquim Pedro participou de praticamente todas etapas e equipes do filme: dirigiu, fez câmera, ajudou a escrever o roteiro, e participou da montagem de imagem e de som, além da escolha das músicas.

Garrincha” recebeu o Prêmio Carlos Alberto Chieza, de melhor filme sobre esporte, no Festival de Cortina d’Ampezzo, na Itália, em 1964.
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