Georges Méliès nasceu na França e passou parte da sua juventude desenvolvendo números de mágica e truques de ilusionismo. Depois de assistir a primeira apresentação dos Lumière, decide-se pelo cinema, transformando-o de curiosidade em entretenimento. Realizava uma nova forma de espetáculo, porém ligada à tradição teatral, a câmera ficava sempre a uma distância convencional da cena representada, como num teatro um espectador se conserva sempre a mesma distância do palco.
Não foi Méliès que inventou a ficção, mas foi ele que inventou o cinema fantástico, antes dele um filme simplesmente recriava algo que poderia acontecer na vida real. Por isso é considerado o pai da arte no cinema.
Pioneiro na utilização de figurinos, atores, cenários e maquiadores, opõe-se ao estilo documentarista. Desenvolveu diversas técnicas: fusão, exposição múltipla, uso de maquetes e truques ópticos, sendo assim precursor dos efeitos especiais.
Realizou:
A Danação de Fausto (1898),
O Homem de Quatro Cabeças (1898),
Cinderela (1899),
Viagem a Lua (1902),
Viagens de Guliver (1902),
A Coroação de Eduardo VII (1902) – realizado antes da coroação,
Mil e Uma Noites (1905),
Vinte Mil Léguas Submarinas (1907),
Os Delírios do Barão Münchausen (1911) ,
A Conquista do Pólo (1912).
Hoje Méliès é considerado um dos inventores do cinema e da linguagem ilusionista, mas era criticado pelos especialistas que diziam que suas tramas eram mera desculpa para o uso de efeitos especiais. Em 1915, Méliès fechou seu estúdio e desistindo do cinema, pois não existia mercado suficiente para sustentar seus filmes caros, teatrais e baseados em trucagens mirabolantes.