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01 junho 2009

Nouvelle Vague


Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cinema francês manteve-se com alguma força comercial, mas foi, naturalmente, um período pouco criativo. Por causa da guerra e da ocupação nazista, uma boa parte dos grandes realizadores saíram da França, como foi o caso de Jean Renoir e René Clair.

A tendência realista, até ali dominante, foi enfraquecida. O protesto e a revolta contra invasão alemã eram sufocados pelos invasores. Até o final da década de 50, persiste o cinema tradicional e acadêmico. Em 1957, um grupo de jovens provenientes da crítica (alguns desses novos diretores pertenciam ou estavam ligados ao círculo de críticos da revista Cahiers de Cinéma) reage contra o academicismo do cinema francês e inicia o movimento da Nouvelle Vague, renovando a linguagem cinematográfica.

Era um cinema de autor, de produção livre, criticavam as produções comerciais francesas e realizam obras de baixo custo, rejeitavam o cinema de estúdio e regras narrativas.

Diferentemente do neo-realismo italiano, a nouvelle vague voltou-se menos para a situação social e política do país e se interessou mais pelas questões existenciais de seus personagens, como por exemplo Acossado (À bout de souffle), de 1969, de Jean-Luc Godard. A nouvelle vague descobriu novos temas, novas técnicas e novas estrelas, como Brigitte Bardot.

22 maio 2009

Sempre no Meu Coração (filme)


SEMPRE NO MEU CORAÇÃO



Ano: 1942
Título original: Always in My Heart

Duração: 91min
Gênero: Musical
Cor: P&B

Diretor: Jo Graham
Elenco: Walter Huston, Gloria Warren, Kay Francis, 

Anthony Caruso, Sidney Blackmer, Una Oconnor



"Sempre no Meu Coração" é um filme de produção barata, foi quase integralmente filmado em estúdio, mas recodista de público, ficou em cartaz cerca de dois anos consecutivos no Cinema Captólio, da Cinelândia (RJ) e por isso na época ganhou o apelido  de "Sempre no Captólio".

Seu roteiro, que foi baseado na peça “Fly Away Home” de Dorothy Bennett e Irving White, é sobre um homem que foi preso injustamente e, que após cumprir pena, tenta se reconciliar com a família.

A música "Always in My Heart” (Siempre En Mi Corazon) - composta pelo cubano Ernesto Lecuona e letrada pelo americano Kim Gannon – deu ao filme a indicação ao Oscar de melhor Canção de 1943, perdendo para a música "White Christmas" de Irving Berlin, que concorria pelo filme “Duas Semanas de Prazer”.

No Brasil a versão da música, feita por Mário Mendes, também fez muito sucesso, sendo gravada por diversos cantores, como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos José, Antônio Marcos e Joana.
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19 maio 2009

Filmes de Faroeste (anúncio de troca)

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anúncio de troca:

FILMES DE FAROESTE

Hélio Cruz

Mensagem:
"Sou colecionador de filmes de faroeste,
com quase 2.500 títulos para troca.
Caso tenha interesse,
meu
e-mail é: cruzhr@terra.com.br"
(Hélio)


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ATENÇÃO: Divulgamos gratuitamente anúncios de troca-compra-venda de filmes antigos. Não cobramos comissões, nem fazemos mediações entre as trocas-compras-vendas que possam surgir dos anúncios divulgados. As trocas-compras-vendas são realizadas entre as partes interessadas. O site e o blog não são responsáveis pela realização da troca-compra-venda, nem pela qualidade do objeto a ser trocado-compra-vendido.

17 maio 2009

Rolos de Filmes etc (anúncio de busca)

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anúncio de busca:
Luciano José Rigonato

Tel: (14) 3762-1336
Cel: (14) 9698-3309

Busca: doação de rolos de filmes e materiais

Mensagem:
"Estou montando um cinema comunitário para as crianças carentes de minha cidade (Taquarituba - SP), ainda estou sozinho na minha idéia, mas já consegui um projetor de filmes 16mm, só que me faltam os filmes. Peço que vocês me ajudem em alguma coisa, o meu cinema não tem fins lucrativos, e sim levar o conhecimento para as crianças.

Eu preciso de rolos de filmes super8, 8mm,16mm, 35mm, e também doação de materiais como cartazes; equipamentos como projetores, câmeras, moviolas, carretéis, etc. Qualquer ajuda será muito bem vinda.


Essa é a foto do meu projetor de filmes 16mm, que estou restaurando com muito carinho.
Grande abraço a todos que puderem me ajudar."
(Luciano J. Rigonato)

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08 maio 2009

O Espaço fora da Tela

Espaço fora da tela é o espaço que não se vê, mas que fica subentendido que exista através do enquadramento, da interpretação ou dos diálogos. Divide-se em 6 segmentos: os 4 cantos da tela, o que fica atrás da câmera e o que se encontra atrás do cenário.

É importante na história da linguagem cinematográfica, pois deu início a utilização sistemática e estrutural do espaço em off, colocando-o em igual importância em relação ao espaço-da-tela.

Um simples quadro vazio causa tensão, suspense, além de despertar a curiosidade de quem está assistindo. O espaço em off é usado em vários gêneros, como mistério e terror, por exemplo: quando a mocinha está fugindo do monstro e a câmera só mostra o rosto aterrorizado da perseguida (às vezes, por questões de economia na produção), parecendo que o monstro está atrás da câmera.

Em “Encurralado” (Duel), de Steven Spielberg, de 1971, o espaço em off é constantemente usado, porque o caminhoneiro que persegue o outro não aparece durante o filme, somente sua mão, seu caminhão. E a isso se deve o sucesso do filme, pois se não fosse gerado um suspense ao redor da figura do caminhoneiro, o filme perderia o suspense e não conseguiria prender a atenção do espectador até o final.

Em “Sangue Mineiro”, de Humberto Mauro - é importante levar em consideração o ano do filme: 1927 - o beijo de um casal é filmado com a maior parte do corpo de ambos fora do quadro, câmera focaliza dos pés até o joelho dos personagens. Os dois pares de pés ficam um de frente para o outro, passados alguns segundos a mulher flexiona o joelho levemente, dando a entender a ocorrência de um beijo.

Na comédia “Corra que a Polícia vem Aí” (parte I ou II), o espaço em off é usado como uma espécie de piada, definido pelo “olhar”, além dos tiros, em off. O policial, vivido por Leslie Nielsien, durante um tiroteio, é focalizado de perfil, atirando e se protegendo de tiros, atrás de um latão de lixo, parecendo estar atirando em um alvo distante. Porém quando a câmera abre a imagem e dá uma panorâmica, vemos que o outro atirador está apenas a alguns passos de distância dele.
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04 maio 2009

Posters de Filmes e Seriados (lista)

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lista de sites de:
POSTERS DE FILMES E SERIADOS

Atendendo a pedidos, listo aqui alguns sites de posters de filmes, seriados e atores. A maioria dos sites está em inglês e, por conseguinte a busca deve ser feita em inglês ou pelo título original do filme.
Inglês:

Movie Goods
http://www.moviegoods.com/

Brian’s drive in Theater
www.briansdriveintheater.com/index.html

Movie Posters
http://www.movie-poster-posters.com/

Memorabilia Mine
http://www.memomine.com/

Classic Movie Kids (atores mirins)
http://www.classicmoviekids.com/

Tarzan
http://members.shaw.ca/tarz01/momtarz.html

Filmes de Tyrone Power
http://tyforum.bravepages.com/adv-2.html

Kino Art
http://www.kinoart.net/

Monstros
http://gammillustrations.bizland.com/

Filmes
http://www.dominiquebesson.com/

Faroestes B e Seriados
http://www.b-westerns.com/

Movie Poster
http://www.movieposter.com/

Film Posters
http://www.filmposters.com/

Oldies
http://www.oldies.com/

E Movie Poster
http://www.emovieposter.com/

All Posters (link posters de filmes)
www.allposters.com/-st/Movie-Posters_c101_.htm


Suiço:

Movie Art
http://movieart.jetshop.se/

Italiano:

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01 maio 2009

GARRINCHA, Alegria do Povo (filme)

Ano: 1963
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Produção: Luiz Carlos Barreto e Armando Nogueira
Roteiro: L.C. Barreto, Armando Nogueira e Joaquim Pedro
Fotografia: Mário Carneiro
Narração: Heron Domingues

As filmagens e um processo trabalhoso de montagem foram feitos em 1962. O Brasil era perfeito: em 1962 o Brasil foi bicampeão mundial de futebol; O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte foi palma de ouro em Cannes; Tom Jobim gravara com Frank Sinatra em Nova Iorque, a Bossa Nova era um sucesso mundial; cultural e economicamente eufórico, o Brasil era o país do futuro. Ninguém poderia prever um golpe em 1964.

Logo nos primeiros minutos do filme já é possível perceber que este, provavelmente não poderia ter sido feito por um jornalista, pois a preocupação com a imagem, a maneira falar/contar com imagens era clássica de um cineasta.

O documentário é iniciado com uma montagem rápida de fotos, música e som de máquina de escrever. Depois a música pára, os jogadores aparecem se preparando no vestiário, intercalados com imagens da torcida na arquibancada do Maracanã. Não há narração, que seria uma opção fácil, óbvia. Nesse caso a ausência de som, também é importante, pois te faz pensar no que vai acontecer adiante e se perguntar por que aquelas pessoas estão ali.

A cena continua sem narração e é mostrada uma panorâmica, em leve plongeé, de pessoas na geral, todas com guarda-chuvas, sob chuva. Ouve-se o som ambiente de vozes no estádio, os jogadores começam a entrar em campo. Do jeito que as imagens foram montadas, tornou a narração dispensável, pois nos fez ver claramente que, se aquelas pessoas estão ali, mesmo debaixo de chuva, para ver um jogo de futebol, é porque são apaixonadas pelo esporte e que aquele é um grande jogo pra elas.

Durante treino de Garrincha e dos outros jogadores do Botafogo, no Estádio Caio Martins, a narração diz que o treino é cansativo, que os jogadores só têm folga uma vez por semana, no domingo. E em seguida é mostrado um clipe de cenas curtas dos jogadores se exercitando, ao som de música clássica, que me lembrou o filme “Metrópolis”(1927), de Fritz Lang, pois dava a sensação dos jogadores estavam sendo, metaforicamente, comparados à máquinas, como se eles estivessem sendo mecanizados, entrando num esquema industrial.

O som é mesmo um ponto alto de “Garrincha”. As músicas escolhidas, na sua maioria sambas e marchas sobre futebol casam muito bem com as imagens. O cuidado de Joaquim Pedro pelo som é notório. Em determinado momento vê-se a imagem da torcida nervosa, olhos arregalados, rostos ansiosos, nesse exato momento escuta-se o som de um coração batendo/pulsando. Em suma, o som teve função dramática.

O roteiro é parecido com um roteiro de ficção, na medida que não obedecia uma narração cronologicamente rigorosa de documentário, evoluía para um clímax. É dividido em blocos narrativos, separados mas bem costurados/montados: o vestiário > os jogadores > a torcida ansiosa > o jogo > a tensão da torcida > o(s) gol(s) > a comemoração.

O humor de Joaquim também se fez presente em vários momentos, aliado mais uma vez à preocupação com a imagem. Por exemplo, quando são mostrados alguns trechos de jogos da seleção jogando no exterior - cenas únicas de arquivo da televisão, que, portanto, não poderiam ser refilmadas por serem cenas, fatos reais – a narração diz coisas do tipo: “como você pode ver nessa péssima imagem” e “o cinegrafista ficou tão aborrecido com o juiz que até perdeu o foco”.

Se, hoje, a corrupção no futebol estampa as manchetes de jornal, ao assistir “Garrincha” percebemos que o esquema de enriquecimento ilícito e interesses políticos que existem atrás do futebol, definitivamente não são fatos recentes.

É importante ressaltar que Joaquim Pedro participou de praticamente todas etapas e equipes do filme: dirigiu, fez câmera, ajudou a escrever o roteiro, e participou da montagem de imagem e de som, além da escolha das músicas.

Garrincha” recebeu o Prêmio Carlos Alberto Chieza, de melhor filme sobre esporte, no Festival de Cortina d’Ampezzo, na Itália, em 1964.
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27 abril 2009

O Exterminador do Futuro (filme)

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O Exterminador do Futuro” possui uma iluminação escura e contrastante, como por exemplo, a cena em que o robô se desloca no tempo, feita com recursos de luz, acrescentando uns raios, que funcionavam como descargas elétricas.

“O Exterminador do Futuro” foi feito em 1983, quando James Cameron não dispunha de um grande orçamento para rodar o filme. Já nessa época, Cameron pesava em usar os efeitos que usou em “O Exterminador do Futuro 2”, inclusive o robô de metal líquido, no entanto, esses efeitos eram impossíveis de serem feitos com pouco orçamento.

“Não havia jeito de conseguir fazer uma coisa dessas. Em toda a minha experiência com efeitos especiais, ninguém apresentava um meio de fazer isso. Talvez num contexto futuro do cinema, a tecnologia poderia avançar e fazê-la parecer mais real,...” (James Cameron em: Quatro Roteiros”, Syd Field, capítulo 8, página 120).

Apesar de ter aberto mão do robô de metal líquido, Cameron queria fazer um robô que se parecesse realmente com um homem e não com uma armadura de lata. Ele então, escalou um homem de verdade - Arnold Schwarzenegger - para fazer o robô, uma solução simples e barata.

Cameron tinha tendência para a ficção científica e queria falar do futuro baseado no contexto da atualidade, mas não podia fazer um filme inteiro sobre o futuro. Ele, então, optou a limitar o futuro a cenas de flashback e seqüências de sonho, o que tornou o filme muito mais barato.

Essas cenas foram feitas em estúdio, o personagem ficava deitado, rastejando no chão, em plano fechado, enquanto feixes de luzes de várias cores passavam por ele e ao seu redor, simulando luzes produzidas por naves, robôs e disparos de raios laser. Não foram construídos naves, robôs ou armas, tanto não foram que não aparecem no filme, mas o uso da iluminação deu a entender que estava acontecendo uma guerra.

O uso da iluminação foi fundamental nas cenas de futuro criadas para o filme, pois tornou o futuro verossímil e baixou consideravelmente o custo final do filme.