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05 março 2009

O Nascimento de Uma Nação (filme)

O Nascimento de Uma Nação”, de 1915, dirigido por David W. Griffith, é considerado como o filme base da criação da indústria cinematográfica de Hollywood. O longa despertou o interesse da alta finança pela nova indústria. E foi a partir dele que as elites políticas e religiosas da América tomaram consciência do poder do cinema em suscitar emoções e formar opiniões.

O filme representa um enorme salto de qualidade técnica: introduzindo conceitos fundamentais como flashback e o plano americano; além de aperfeiçoar o close-up e a grande panorâmica; na área da edição, o filme deu um novo sentido ao uso de fade-in e fade-out, e aprimorou a montagem paralela.

Embora a maioria dessas técnicas já fossem conhecidas de muitos cineastas, Griffith foi o primeiro a usá-las de como forma de avançar a narrativa, dando-lhes sentido dramático.

04 março 2009

Avant-Garde Francesa

Movimento de renovação cinematográfica que se desenvolveu entre 1921 e 1931. Os filmes, abstratos e de crítica a sociedade, procuravam expressar sentimentos e idéias para além da dimensão narrativa do cinema clássico, através de sugestões criadas por artifícios técnicos de enquadramento, montagem e ritmo. As temáticas se baseavam em fatos comuns, mas livres de qualquer lógica, dentro de um contexto poético.

A luminosidade e a plasticidade da pintura impressionista inspira cineastas como Louis Delluc (A Mulher de Parte Alguma), Abel Gance (Napoleão), Jean Epstein (Coração Fiel), Marcel L’Herbier (A Desumana) e Germaine Dulac (A Festa Espanhola). O cinema experimental de Man Ray (O Retorno a Razão) e Rene Clair (Entreato) é influenciado pelo dadaísmo e pelo cubismo.
Um Cão Andaluz (foto acima), de 1928, de Luís Buñel, escrito em parceria com Salvador Dalí, é considerado o manifesto do cinema surrealista. Em 1930 Buñel produz A Idade do Ouro, outro marco do movimento. Os filmes não revelam preocupação com enredos ou histórias. As imagens expressam desejos não racionalizados e desprezo pela ordem burguesa.

03 março 2009

Expressionismo Alemão

Na década de 20, a recusa da representação objetiva da realidade disseminada nas artes plásticas influenciou os cineastas alemães. Devastada pela guerra, a Alemanha revelou ao mundo uma concepção cinematográfica sombria e pessimista. Os filmes refletiam esse clima por meio de cenários tortuosos e violentos contrastes de luz e sombra. A realidade deformava-se para poder expressar os conflitos interiores das personagens. O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, marca o aparecimento dessa escola, em 1919.

As experiências de Friedrick Murnau (Nosferatu), Georg Pabst (Lulu) e Fritz Lang (Metropolis) traduzem, em clima simbólico, as angustias e frustrações do país derrotado e em crise econômica e social.

Construtivismo Russo

Em 1908, depois de uma série de documentários, o fotógrafo Alexander Drankov produz o primeiro filme de ficção russo, "Stenka Razin"(foto). A partir de 1917, o cinema passa a ser encarado como um instrumento de difusão dos ideais revolucionários. Serguei Eisenstein (A Greve) e Vsevolod Pudovkin (A Mãe) retratam as principais etapas da revolução de 1917, renovando técnicas de angulação e movimentação de câmera, iluminação e montagem.

A realidade do país também é tema dos novos cineastas como Aleksandr Dovjenko, Eduard Tisse e Lev Kuleshov. Em 1921, o cineasta Dziga Vertov funda o grupo "Kinoglaz" (cinema-olho), que realiza documentários do cotidiano soviético, sem a presença de atores ou de estúdios, com filmagens ao ar livre e um cuidadoso trabalho de montagem. Sua obra, "A Sexta Parte do Mundo", de 1926, antecipa o cinema-verdade.

27 fevereiro 2009

No Tempo da Manivela (livro)

sugestão de leitura:
"NO TEMPO DA MANIVELA"
de Jurandyr Noronha

"No Tempo da Manivela" conta a saga dos pioneiros do cinema brasileiro, desde 1898 até 1930, situando-a no contexto da História e da política de nosso país.

Ilustrado com fotos, o livro foi lançado em 1987, no Rio de Janeiro, pelas editoras Brasil-América (EBAL), Kinart e Embrafilme, só deve ser encontrado para venda em sebos ou para leitura em bibliotecas.

Além de pesquisador de cinema, Jurandyr é diretor dos filmes: "Panorama do Cinema Brasileiro", "Cômicos e mais Cômicos" e "70 Anos de Brasil".

08 fevereiro 2009

Cliente Morto Não Paga (filme)

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Filme:
Cliente Morto Não Paga (EUA, 1982)

Duração: 89 minutos
Direção: Carl Reiner
Gênero: Comédia
Título Original: "Dead Men Don't Wear Plaid"

Elenco: Steve Martin, Carl Reiner, George Gaynes,
Rachel Ward, Reni Santoni, Frank McCarthy, Adrian
Ricard, Charlie Picerni, Gene Labell, George Sawaya.
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Escrito por George Gipe, Steve Martin e Carl Reiner, o filme "Cliente Morto Não Paga" não chega a ser o que eu chamo de "filme antigo" - pra mim um filme pra ser antigo tem que ter, no mínimo, uns 40 anos! Mas é uma divertida homenagem aos filmes noir (estilo que fez sucesso entre 1940 e 50), fazendo uma colagem com clássicos do gênero. Ele aproveita as cenas e seqüências famosas e insere o personagem de Steve Martin, o detetive particular Rigby Reardon, contratado por Juliet Forrest (Rachel Ward) para desvendar o misterioso assassinato de seu pai. Reiner filmou em preto-e-branco para que todas as cenas (dele e a dos clássicos) pudessem ser montadas e dessem realismo ao produto final. Martin, assim, contracena com Humphrey Bogart, Alan Ladd, Burt Lancaster, Barbara Stanwyck, entre outros astros.

Alguns filmes que aparecem:
-> "Suspeita", Alfred Hitchcock (1941)
-> "Capitulou Sorrindo", Stuart Heisler (1942)
-> "À Beira do Abismo", Howard Hawks (1946)
-> "Uma Vida por um Fio", Anatole Litvak (1948)
-> "Farrapo Humano", Billy Wilder (1945)
-> "Prisioneiro do Passado", Delmer Daves (1947)
-> "Interlúdio", Alfred Hitchcock (1946)
-> "À Beira do Abismo", Howard Hawks (1946)
-> "Lábios que Escravizam", Robert Z. Leonard (1949)
-> "Pacto de Sangue", Billy Wilder (1944)
-> "A Estrada Proibida", Mervyn LeRoy (1941)

O resultado positivo do filme deve ser creditado também ao fotógrafo Michael Chapman e ao montador Bud Molin. A edição, o roteiro, a criação dos cenários estão diretamente, moldados às cenas dos filmes homenageados.

29 janeiro 2009

O cinema de François Truffaut

mostra: O CINEMA DE FRANÇOIS TRUFFAUT

ESSA MOSTRA É IMPERDÍVEL!!!

No Rio de Janeiro
De 27 de Janeiro a 08 de Fevereiro de 2009


Veja a programação:

27-01 (terça)
16h30min – Atirem no Pianista
19h – Os Pivetes + Na Idade da Inocência

26-01 (quarta)
16h30min – O Garoto Selvagem
19h – Antoine & Colette + Beijos Proibidos

29-01 (quinta)
16h30min – A Noiva Estava de Preto
19h – Um Só Pecado

30-01 (sexta)
16h30min – O Homem Que Amava as Mulheres (118’)
19h – A Noite Americana

31-01 ( sábado)
16h30min – Na Idade da Inocência
19h – A História de Adèle H

01-02 (domingo)
16h30min – A Noiva Estava de Preto
19h – Atirem no Pianista

03-02 (terça)
16h30min – Domicílio Conjugal
19h – Beijos Proibidos

04-02 (quarta)
16h30min – O Quarto Verde
19h – A Sereia do Mississipi

05-02 (quinta)
16h30min – Duas Inglesas e o Amor
19h – Amor em Fuga

06-02 (sexta)
16h30min – O Último Metro
19h – A Mulher do Lado

07-02 (sábado)
16h30min – O Último Metro
19h – Beijos Proibidos

08-02 (domingo)
16h30min – Domicílio Conjugal
19h – De Repente, Num Domingo


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Ingressos: R$ 4,00 (inteira), R$ 2,00 (meia), R$ 10,00 (passaporte com 8 sessões)
Local: CAIXA CULTURAL
Rua Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro.
Tel: (21) 2544-4080
www.caixa.gov.br/caixacultural
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27 janeiro 2009

Só Filme Antigo!

Os filmes novos raramente me interessam. Não sou saudosista, mas simplesmente não tenho vontade de ir ao cinema.

Quase todos meus atores favoritos já morreram, meus diretores preferidos também. Por isso revejo os clássicos ou procuro um filme antigo que ainda não tenha visto.

Continuo sendo o cinéfilo que sempre fui, mas na minha casa, sentadinho no meu sofá, assistindo somente a filmes antigos!